Quem ainda não visitou o Rio está perdendo tempo. Eu, como carioca, nunca havia pensado na possibilidade de alguém não querer conhecê-lo. Mas para minha surpresa, ouvi de várias pessoas o motivo pelo qual não gostariam de passar por aqui: a violência.
Ela existe, isso é fato. Mas esta não é uma coisa de outro mundo. Carioca que é carioca, não dá bobeira, está sempre de sobreaviso. E esse estado de alerta a gente carrega para qualquer parte, seja no Brasil, seja em qualquer lugar do mundo. Ainda me espanta muito quando vou a alguma cidade do interior e vejo um carro estacionado na rua com a janela meio aberta.
Mas este artigo não é sobre violência. Esta é só um pequeno detalhe que gostaríamos de afogar na praia.
A capital fluminense é uma das mais bonitas e agradáveis cidades que já conheci, se não for a mais. Depois de passar anos fora do meu habitat natural, minha paixão só aumentou. Passei esse tempo morando em vários lugares e viajando bastante, sempre tentando achar as particularidades e qualidades de todos os locais pelos quais passei. Ao mesmo tempo, queria eleger a minha cidade preferida de todas.
Cheguei a pensar que fosse Paris, cheguei a pensar que fosse Roma, cheguei a pensar que fosse Londres. Mas o Rio de Janeiro ganhou.
Uma das visões mais maravilhosas que já tive na vida, foi o visual da praia de Ipanema numa manhã de sol de verão. As cores mais vivas, o céu mais limpo, o mar mais convidativo. Algo perto do paraíso.
Inesquecível também é a Lagoa Rodrigo de Freitas, ou simplesmente a Lagoa, para os íntimos. A Lagoa encanta a qualquer hora do dia, mas meu momento favorito é de noite, tomando um drink no barzinho Palaphita Kitch.
Falando em noite, os boêmios não têm do que se queixar, a noite aqui é charmosíssima. A Lapa é um bom exemplo: convida ao chope, ao samba, à boa e velha madrugada. Mas para quem não gosta de multidões, só um passeio de carro pelo Aterro do Flamengo já basta para conquistar!
Para quem é fã de centros históricos, o Centro é um capítulo à parte. O bairro é uma verdadeira viagem pelo tempo, a uma época em que edifícios tinham pés-direitos altíssimos, acabamentos dourados, mármores de todas as qualidades. Sem falar nas imensas portas de madeira esculpida, peças de ferro finamente trabalhadas e monumentais igrejas. Um edifício que impressiona pela elegância é a Sede Social do Clube Naval, na Avenida Rio Branco. Inaugurado em 1910, o edifício foi construído especialmente com a finalidade de sediar o clube; sorte de seus oficiais.
Quem estiver no bairro não deve se esquecer de passar pelo Centro Cultural Banco do Brasil, para apreciar não só sua rica construção como também as exposições de arte sempre interessantes. Mas a viagem pelo Rio antigo não estará completa antes de uma visita à tradicional e linda Confeitaria Colombo, e, quem sabe, pausa para mais um docinho na graciosa Casa Cavé.
De todos os clichês da cidade maravilhosa, a praia é com certeza um dos melhores. O charme da Princesinha do Mar já começa com a majestosa vista do Copacabana Palace, passa pelo calçadão com os famosos desenhos de Burle Marx e chega ao fim com o lindíssimo Forte de Copacabana.
Na praia é onde se podem ver mais belezas por metro quadrado; não só a de Copacabana, mas qualquer uma do Rio. Belezas urbanísticas e naturais, em forma de ondas ou em forma de corpos esculturais.
Mas este é um assunto para muitos textos, muitas histórias, muitos poemas. Nunca canso de admirar o Rio, que, aliás, continua lindo.
O Carioca !